Fomento

Alto risco e taxas de juros dificultam o factoring para as micro e pequenas

S? Paulo - O mercado interno de fomento mercantil cresce 10% ante a maior seletividade dos bancos. Por?, os micro e pequenos neg?ios t? visto dificuldades em passar seus ativos a receber ? empresas de factoring no Pa?.

Segundo Jo? Costa Pereira, presidente da Brasilfactors, o aumento do risco e a maior seletividade do segmento de factoring deixa pouco espa? para as micro e pequenas empresas, que tamb? entram no setor com taxas mais altas.

"Hoje, n? tendemos a desviar muito o produto para uma empresa de maior dimens?, e temos sentido o crescimento da demanda para esse tipo de opera?o. As taxas s? competitivas com as oferecidas pelos bancos, mas ?relativo ao risco do cr?ito. Clientes menores t? riscos maiores e, automaticamente, pagam pre?s mais altos", explica o CEO.

De acordo com ele, apesar de o segmento tamb? ser afetado pela recess? econ?ica, as companhias de factoring, que compram cr?ito mercantil de empresas e assumem a cobran? da d?ida, aportam no mercado como uma alternativa ? linhas de antecipa?o de receb?eis oferecidas pelos bancos.

"Essa parte do cr?ito est?bem dif?il. H?uma maior demanda por causa da crise e com os bancos tirando cr?ito, h?a procura por sa?as alternativas, mas a situa?o de risco ?muito complicada", alega.

O executivo ressalta, no entanto, que o Brasil ainda tem grande espa? para crescimento do fomento mercantil. "O mercado interno de factoring deve ter crescido cerca de 10% este ano, e a tend?cia ?continuar crescendo", completa.

Segundo um estudo anual realizado pela Factoring Chain International (FCI), o mercado internacional alcan?u o maior n?el na s?ie hist?ica do levantamento, com alta de 1,14% em 2015 com rela?o a 2015, indo a 2,37 bilh?es de euros. A pesquisa ainda revela que o Brasil continua o segundo maior mercado da Am?ica, mas que caiu 9% no ano passado, indo a 28,9 bilh?es de euros (31,7 bilh?es em 2014).

"Um dos indicadores que ?preocupante ?a falta de resposta e de capacidade da ind?stria sobre exporta?es, ante a desvaloriza?o do real. Esse ?o primeiro motor de um Pa? que est?em crise, mas n? houve espa? de manobra. Muito por conta do endividamento, dificuldade, ou at?mesmo burocracia, e esse ?um trabalho que tem que ser feito", avalia o presidente Brasilfactors ao DCI.

Regulamenta?o

De acordo com Pereira, uma das maiores dificuldades de crescimento do fomento mercantil no Pa?, diz respeito ?falta de um marco regulat?io.

"Isso acaba causando uma lacuna financeira. ?um dos pa?es que mais necessitam, mas que apenas continua a conversar ao inv? de trabalhar algo assim. O mercado financeiro do Brasil ?muito fechado e existe uma barreira em receber o padr? internacional", identifica.

O presidente da Brasilfactors ressalta que, apesar do espa? para crescer e da demanda interna, ainda ?preciso deixar a crise arrefecer.

"N? ?algo para acontecer no curto e m?io prazo, mas o problema no Brasil s? os juros muito altos, que inviabiliza empresas a optarem pelo produto. Tem que primeiro vir esse reajuste da economia, baixar as taxas de juros sem infla?o e dar um equil?rio, para s?ent? come?rmos a falar de cr?ito. O factoring ?importante, at?internacionalmente, como uma ferramenta de com?cio, e o Pa? precisa disso", completa o CEO.



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