Economia

Taxa de juros cai mais para empresa do que para pessoa física

As empresas têm sido as maiores beneficiadas pelo processo de redução da taxa básica de juros. De março de 2013 a agosto de 2018, a Selic sofreu um corte de 0,75 ponto porcentual, passando de 7,25% para 6,50% ao ano. O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central manteve hoje a Selic em 6,5% pela quarta reunião seguida.

De março de 2013 a agosto de 2018, a taxa de juros média para pessoa física apresentou uma elevação de 35,74 pontos porcentuais, avançando de 87,97% para 123,71% ao ano. A elevação foi bem menor para as pessoas jurídicas: 11,43 pontos porcentuais – passando de 43,58% para 55,01% ao ano, segundo levantamento realizado pela Associação Nacional dos Executivos de Finanças (Anefac).

No mês passado, segundo a Anefac, a taxa de juros média geral para pessoa física teve uma redução de 0,04 ponto percentual, passando de 6,99% para 6,94% ao mês. É a menor taxa média desde maio de 2015.

Para as pessoas jurídicas, o corte na taxa de juros foi de 0,10 ponto percentual no mês, recuando de 3,82% para 3,72% ao mês.

Para o diretor-executivo da Anefac, Miguel José Ribeiro de Oliveira, a redução do custo do crédito pode ser explicada pela diminuição dos depósitos compulsórios dos bancos e elevados patamares de spreads bancários (diferença entre o custo de captação e o cobrado do cliente).

Oliveira diz que as incertezas geradas pelo cenário eleitoral e fatores externos – como as crises de economias emergentes (Argentina, Turquia e África do Sul) – podem voltar a elevar o custo do crédito na ponta.

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