Fomento

Gestão de risco envolve até adotar tom investigativo na análise de crédito

Os departamentos de uma empresa precisam funcionar como um time de futebol em que todos os jogadores – do zagueiro ao centroavante – defendem e atacam. A comparação foi feita pelo advogado e professor Ernani Desbesel, que no último dia 13 de agosto ministrou, no SINFAC-SP, o curso “Competitividade, Rentabilidade e Segurança dos Negócios”.

Segundo o especialista, a percepção esportiva aplicada aos negócios foi a maneira de mostrar que a adoção de ferramentas de gestão de risco leva à boa administração de todos os processos, sejam eles ligados às áreas comercial, de análise de crédito e de cadastro.

“Para diminuir os riscos, é fundamental adotar um tom investigativo na análise de cada operação. É por isso que a controladoria tem sido cada vez mais utilizada no setor, mostrando-se um importante instrumento na busca pelo cumprimento, por exemplo, das obrigações do cedente”, explicou o especialista.

Para o professor, é muito comum o profissional enganar-se achando que o negócio não é tão complexo quanto parece, “mas a nossa atividade mostra o contrário, porque é extremamente cheia de situações peculiares que precisar ser solucionadas”, advertiu.

Horizontes ampliados

Sócio-diretor da Angar Atibaia Planejamento Financeiro, de Atibaia, o administrador de empresas Andrelino Mendonça Neto, reconhece que a empresa, há somente um ano e oito meses, já decolou e está em “voo de cruzeiro”, mesmo com todas as dificuldades atuais pelas quais passa o país.

"Desde o começo do negócio apostamos e investimos em tecnologia para conquistar uma parcela do mercado brasileiro. Neste momento, atendemos pequenos e médios varejistas e indústrias com faturamento até R$ 300 mil, estabelecidas dentro de um raio de até 50 quilômetros na Região Bragantina, mas temos clientes em Sorocaba e até no Paraná”, comentou.

O executivo destacou que o curso chamou atenção para o alto risco do mercado, especialmente para as empresas que deixam de realizar procedimentos considerados usuais. “Havia uma apreensão do palestrante sobre o risco de inadimplência e de um possível enfraquecimento econômico do país, algo que possa refletir na atividade”, expôs.

A partir desta visão, Andrelino acredita ser possível implementar mudanças na empresa, reforçando, por exemplo, a reavaliação de metas e o aumento dos cuidados na análise de crédito. Portanto, saiu convencido de que vale muito a pena ser mais cauteloso durante as operações de crédito.

O curso também ampliou a percepção de Damares Silva, coordenadora da área de checagem de recebíveis do Daniele Banco Participações. Pós-graduada em banking (produtos bancários) pelo Mackenzie, a profissional saiu do treinamento em busca de encontrar maneiras derrubar as barreiras hoje existentes para o acesso ao crédito.

“A ideia é promover mudanças para atrair mais clientes, e a realização positiva da análise de crédito é o caminho a ser seguido. Saio deste curso consciente de que, nesta atividade, a gente acaba se segurando demais na hora de analisar uma solicitação de crédito. Podemos, inclusive, atuar para flexibilizar estas operações, aumentando a nossa competitividade”, salientou.

Fonte: Reperkut

https://www.sinfacsp.com.br/noticia/gestao-de-risco-envolve-ate-adotar-tom-investigativo-na-analise-de-credito