Economia

Patrimônio de fundos de investimentos atinge R$ 5,4 tri em novembro, aponta Anbima

O patrimônio líquido da indústria de fundos teve alta de 15,3% no ano, passando de R$ 4,6 trilhões em dezembro de 2018 para R$ 5,4 trilhões em novembro último. O crescimento do número de fundos foi de 9%, de 17,1 mil para 18,6 mil, e o total de gestores no mercado saiu de 608 para 648 (alta de 6,6%). Os dados foram divulgados nesta quinta-feira pela Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima).

A captação líquida acumulada no ano até novembro foi de R$ 228 bilhões, uma expansão de 230% em relação ao mesmo período do ano passado. Já o número de contas de investidores subiu 22%, de 15,7 milhões para R$ 19,1 milhões na mesma base de comparação. Carlos André, vice-presidente da Anbima, destacou o crescimento bastante significativo tanto do número de contas quanto da captação, que se aproxima do recorde da indústria, alcançado em 2017 (R$ 245,7 bilhões).

Com relação à distribuição do patrimônio líquido, a participação dos ativos de renda fixa saiu de 44% para 41% e os de ações cresceu de 6,6% para 8,1% — maior participação relativa já atingida pela classe de ações na indústria de fundos. No acumulado do ano, os fundos de ações foram os que mais captaram, com R$ 67,5 bilhões, seguidos de multimercados, com R$ 57,4 bilhões.

As outras classes de ativos ficaram praticamente estáveis em relação à fatia que representam no patrimônio: multimercados, com 21,4%; previdência (16,9%) e estruturados (11%).

Rentabilidade dos fundos de ações

As carteiras ligadas a ações foram destaque em termos de rentabilidade na indústria de fundos este ano, por influência do desempenho muito favorável do Ibovespa que, até novembro deste ano, acumula alta de 17,1%, destacou o vice-presidente da Anbima.

Em ações, André reforçou que todas as carteiras tiveram desempenho muito superior aos resultados de 2018. A rentabilidade também ficou acima do Ibovespa. O melhor resultado foi dos fundos small caps, com alta de 35,5%, ante 7,5% do acumulado em 2018, além de ações com investimento no exterior (33,6%, ante 11,8% no acumulado de 2018). Os portfólios “ações livre” tiveram valorização de 32,8% em 2019 até novembro, ante 15,7% em 2018.

No caso da renda fixa, o principal destaque foram as carteiras com duração mais alta, destacou André. Aquelas que aplicam só em títulos soberanos tiveram rentabilidade de 16,4% e as carteiras que investem em empresas com grau de investimento subiram 11,6%.

Na classe de multimercados, em 2019, o grande destaque foram as carteiras que englobam investimento no exterior, que tiveram valorização de 12,7%, seguido dos multimercados com estratégia livre (alta de 10%) e dos long short (ganho de 9,9%).

O vice-presidente da Anbima destacou a redução da participação nas carteiras das operações compromissadas, que passaram de 23,1% para R$ 20,3% ao longo do ano, e dos títulos públicos, que saíram de 49,6% para 49,3%. Também houve redução na fatia dos títulos emitidos por bancos, que saiu de 8,3% para 7,9%. Já os títulos privados corporativos, as debêntures, cresceram de 8,7% para 9,9%. A renda variável também subiu, de 10,3% para 12,5%.

Tirando da conta as operações compromissadas e os títulos públicos, a participação da renda variável saiu de 37,7% para 41,4%. Nas debêntures, o percentual passou de 31,7% para 32,6% e, dos título privados bancários, caiu de 30,5% para 26%.

https://www.sinfacsp.com.br/noticia/patrimonio-de-fundos-de-investimentos-atinge-r-54-tri-em-novembro-aponta-anbima-valor-economico