Economia

Carteira de crédito dos bancos cresceu 12,1% em um ano

Em reais, tal expansão representa um acumulado de R$ 4 trilhões, mas não é suficiente para fazer apagar a luz amarela no painel de controle, frente a condições de voo mais turbulentas que já se insinuam no horizonte econômico.

Ano de eleição, no qual também ninguém arrisca, hoje, de qual tamanho a pandemia do novo coronavírus estará no retrovisor, cautela tem sido a palavra de ordem, mesmo que os lucros do terceiro trimestre tenham excedido em 32,7% os registrados no mesmo período de 2020.

Um dos sintomas inequívocos de tal estado de ânimo está na forma diferenciada com que os bancos líderes de mercado se referem ao efeito do aperto monetário em suas margens.

Quando o Banco Central iniciou a escalada em curso, as expectativas gerais da área se restringiam a quando e quanto o custo mais elevado do funding chegaria aos clientes. Agora, os dois parâmetros parecem próximos de se concretizar.

Mas quanto isto poderia abalar o atual desempenho dos bancos no setor de crédito? Na falta de respostas confiáveis a esta altura, as soluções já colocadas em andamento incluem redução de custos administrativos e com pessoal, que ficaram em 5,3% no período, ou seja, abaixo da metade da inflação registrada.

Ao mesmo tempo, de acordo com as instituições participantes do estudo, as rubricas crédito e tesouraria registraram crescimento de 12,7%, contra 7,7% das tarifas, dando origem a uma combinação de fatores responsável pelo lucro líquido da ordem de R$ 37,5 bilhões, entre os últimos meses de julho e setembro.

Embora a inadimplência, de forma geral, ainda não tenha chegado de forma expressiva às empresas grandes e médias, mantendo-se também abaixo da média histórica entre as micro e pequenas, acredita-se que o ano que vem poderá ter novidades neste campo, empurrando para cima, na mesma proporção, as até aqui moderadas provisões dos bancos para fazer frente a possíveis calotes a médio e longo prazos.

Fonte: Valor Finanças 

https://infocredi360.com.br/noticias/carteira-de-credito-dos-bancos-cresceu-12-1-em-um-ano