A demanda de crédito por pessoa jurídica, no Brasil, aumentou 28,3% durante a pandemia. A informação é de um estudo feito pela fintech Vadu, com base em dados do Banco Central.

A pesquisa mostrou que o crédito foi necessário tanto para pessoas físicas quanto para jurídicas se recuperarem da crise econômica nesse período.

De janeiro de 2020 a junho de 2021, a concessão de crédito para a pessoa jurídica aumentou de 1 trilhão e 385 bilhões para 1 trilhão e 737 bilhões de reais. Já a concessão de crédito para pessoa física aumentou 20,5% nesse mesmo período. 

Renato Guimarães, dono de um restaurante na Zona Oeste do Rio, precisou da linha de crédito do Governo Federal para manter o negócio de pé durante a pandemia. Renato conta que o desafio agora é tentar reequilibrar as contas em meio ao aumento do preço dos insumos. 

Para o economista-chefe da Vadu, Ubiratan Lima, o crédito, usado da maneira de maneira correta, garantiu a subsistência na crise.

O estudo apontou que a agenda do Open Banking do Banco Central também impulsionou a oferta de crédito, permitindo a entrada de novos competidores no mercado como bancos digitais, financeiras e fintechs. 

Outro fator que estimulou o crédito foi a Selic no menor patamar da série histórica até maio deste ano. Esse cenário, por outro lado, mudou com o aumento da inflação. A taxa básica de juros saiu de 2% no fim do ano passado para 7,75% ao ano.

O Vadu, fundada em 2016, é uma plataforma de soluções de análise, automação e monitoramento para o mercado de crédito. Atualmente, ela atende mais de 300 clientes entre bancos, fintechs e indústrias.

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