O saldo das operações de crédito do sistema financeiro cresceu 0,8% em fevereiro, para R$ 4,711 trilhões, conforme divulgado nesta quinta-feira (28) pelo Banco Central (BC). Em 12 meses, houve alta de 16,6%.
Como proporção do Produto Interno Bruto (PIB) estimado pela autoridade monetária, o estoque de operações ficou estável em 53,3%.
O saldo total do crédito livre subiu 1,1% em fevereiro, chegando a R$ 2,816 trilhões, enquanto o crédito direcionado avançou 0,4%, para R$ 1,894 trilhão.
O saldo total de crédito para as famílias aumentou 0,7% no mês, chegando a R$ 2,759 trilhões. Para as empresas, houve alta de 1%, para R$ 1,952 trilhão.
As projeções mais recentes do BC para o crescimento do crédito em 2022 são: 8,9% para o total; 13% para o livre; 2,8% para o direcionado; 11,2% para pessoas físicas; 5,7% para pessoas jurídicas.
Segundo o BC, o crédito ampliado ao setor não financeiro cresceu 0,5% em fevereiro, na comparação com janeiro, alcançando R$ 13,593 trilhões. Essa é considerada pela autoridade monetária a medida mais abrangente do crédito, já que inclui não apenas empréstimos e financiamentos, mas também o mercado de capitais e empréstimos externos.
A taxa de juros média anual cobrada pelo sistema financeiro nas operações de crédito variou de 25,3% em janeiro para 25,7% em fevereiro. Em 12 meses, houve recuo de 5,9 pontos percentuais.
A taxa cobrada das pessoas jurídicas, por sua vez, saiu de 18,3% para 18,4%. Para as pessoas físicas, a taxa ficou em 30,1%, vinda de 29,5%.
Nos recursos livres, a taxa média variou de 35,3% em janeiro para 36,5% em fevereiro.
Já o spread, que mede a diferença entre as taxas que os bancos cobram nos empréstimos e o custo de captação desses recursos, saiu de 16,2 pontos percentuais em janeiro para 16,8 pontos em fevereiro.
Nas operações de crédito com pessoas físicas, o spread ficou em 21,8 pontos percentuais, contra 20,9 pontos em janeiro. No crédito às empresas, ficou em 8,6 pontos em fevereiro, contra 8,5 pontos no mês anterior.
Já a inadimplência média das operações de crédito ficou estável em 2,5% em fevereiro, na comparação com janeiro.
Entre as empresas, a taxa média ficou em 1,4%, contra 1,4% em janeiro. Entre as famílias, foi 3,3%, contra 3,2% no mês anterior.
No crédito com recursos livres, a inadimplência ficou em 3,3% (também 3,3% em janeiro).
O BC retomou a divulgação das estatísticas, com o fim da paralisação de seus servidores. Por enquanto, estão sendo divulgadas as estatísticas relativas a fevereiro, que deveriam ter saído em fins de março.
Concessões
O sistema financeiro concedeu em fevereiro 0,6% a menos em novos empréstimos e financiamentos, na comparação com janeiro. O número leva em conta as concessões totais em cada mês. Considerando a média por dia útil, houve alta de 6,7%.
As concessões para clientes corporativos subiram 2,5% contra o mês anterior, somando R$ 189,6 bilhões.
Para as famílias, o sistema financeiro concedeu R$ 208,6 bilhões em novos empréstimos e financiamentos, queda de 3,2% em relação a janeiro.
As concessões com recursos livres, em que as taxas são pactuadas livremente entre bancos e clientes, caíram 1,1%. Já as operações com recursos direcionados, que são regulamentadas pelo governo ou vinculadas a recursos orçamentários, aumentaram 5,2%.
As concessões dessazonalizadas de crédito em fevereiro, na comparação com janeiro, subiram 0,1%. Para as pessoas físicas, houve alta de 3,4%, enquanto para as pessoas jurídicas foi registrada queda de 1,4%. No crédito livre total, as concessões subiram 0,5%. No crédito direcionado, cresceram 0,2%.
Segmentos
O estoque total de crédito imobiliário para as pessoas físicas com recursos direcionados subiu 0,9% em fevereiro na comparação com janeiro, somando R$ 828,642 bilhões. Em 12 meses, a alta foi de 14,5%.
Já as concessões, na mesma categoria, caíram 0,4%, para R$ 12,671 bilhões no mês, acumulando alta de 39% em 12 meses.
A taxa anual de juros, por sua vez, caiu de 9,4% para 8,1%.
Nas operações para a compra de veículos por pessoas físicas, o saldo teve alta de 0,7% em fevereiro, para R$ 244,050 bilhões.
As concessões, na mesma categoria, subiram 3,5% no mês, para R$ 10,873 bilhões. A taxa de juros média ficou em 26,5% ao ano, após marcar 26,9% em janeiro.
BNDES
A carteira de crédito do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para empresas encerrou fevereiro com queda de 0,8%, para R$ 368,264 bilhões. A comparação é com o mês anterior.
Olhando as concessões do BNDES, houve alta de 132,6% no mês, para R$ 4,042 bilhões.
https://valor.globo.com/financas/noticia/2022/04/28/estoque-de-credito-sobe-08percent-em-fevereiro-para-r-4711-tri-aponta-banco-central.ghtml
Como proporção do Produto Interno Bruto (PIB) estimado pela autoridade monetária, o estoque de operações ficou estável em 53,3%.
O saldo total do crédito livre subiu 1,1% em fevereiro, chegando a R$ 2,816 trilhões, enquanto o crédito direcionado avançou 0,4%, para R$ 1,894 trilhão.
O saldo total de crédito para as famílias aumentou 0,7% no mês, chegando a R$ 2,759 trilhões. Para as empresas, houve alta de 1%, para R$ 1,952 trilhão.
As projeções mais recentes do BC para o crescimento do crédito em 2022 são: 8,9% para o total; 13% para o livre; 2,8% para o direcionado; 11,2% para pessoas físicas; 5,7% para pessoas jurídicas.
Segundo o BC, o crédito ampliado ao setor não financeiro cresceu 0,5% em fevereiro, na comparação com janeiro, alcançando R$ 13,593 trilhões. Essa é considerada pela autoridade monetária a medida mais abrangente do crédito, já que inclui não apenas empréstimos e financiamentos, mas também o mercado de capitais e empréstimos externos.
A taxa de juros média anual cobrada pelo sistema financeiro nas operações de crédito variou de 25,3% em janeiro para 25,7% em fevereiro. Em 12 meses, houve recuo de 5,9 pontos percentuais.
A taxa cobrada das pessoas jurídicas, por sua vez, saiu de 18,3% para 18,4%. Para as pessoas físicas, a taxa ficou em 30,1%, vinda de 29,5%.
Nos recursos livres, a taxa média variou de 35,3% em janeiro para 36,5% em fevereiro.
Já o spread, que mede a diferença entre as taxas que os bancos cobram nos empréstimos e o custo de captação desses recursos, saiu de 16,2 pontos percentuais em janeiro para 16,8 pontos em fevereiro.
Nas operações de crédito com pessoas físicas, o spread ficou em 21,8 pontos percentuais, contra 20,9 pontos em janeiro. No crédito às empresas, ficou em 8,6 pontos em fevereiro, contra 8,5 pontos no mês anterior.
Já a inadimplência média das operações de crédito ficou estável em 2,5% em fevereiro, na comparação com janeiro.
Entre as empresas, a taxa média ficou em 1,4%, contra 1,4% em janeiro. Entre as famílias, foi 3,3%, contra 3,2% no mês anterior.
No crédito com recursos livres, a inadimplência ficou em 3,3% (também 3,3% em janeiro).
O BC retomou a divulgação das estatísticas, com o fim da paralisação de seus servidores. Por enquanto, estão sendo divulgadas as estatísticas relativas a fevereiro, que deveriam ter saído em fins de março.
Concessões
O sistema financeiro concedeu em fevereiro 0,6% a menos em novos empréstimos e financiamentos, na comparação com janeiro. O número leva em conta as concessões totais em cada mês. Considerando a média por dia útil, houve alta de 6,7%.
As concessões para clientes corporativos subiram 2,5% contra o mês anterior, somando R$ 189,6 bilhões.
Para as famílias, o sistema financeiro concedeu R$ 208,6 bilhões em novos empréstimos e financiamentos, queda de 3,2% em relação a janeiro.
As concessões com recursos livres, em que as taxas são pactuadas livremente entre bancos e clientes, caíram 1,1%. Já as operações com recursos direcionados, que são regulamentadas pelo governo ou vinculadas a recursos orçamentários, aumentaram 5,2%.
As concessões dessazonalizadas de crédito em fevereiro, na comparação com janeiro, subiram 0,1%. Para as pessoas físicas, houve alta de 3,4%, enquanto para as pessoas jurídicas foi registrada queda de 1,4%. No crédito livre total, as concessões subiram 0,5%. No crédito direcionado, cresceram 0,2%.
Segmentos
O estoque total de crédito imobiliário para as pessoas físicas com recursos direcionados subiu 0,9% em fevereiro na comparação com janeiro, somando R$ 828,642 bilhões. Em 12 meses, a alta foi de 14,5%.
Já as concessões, na mesma categoria, caíram 0,4%, para R$ 12,671 bilhões no mês, acumulando alta de 39% em 12 meses.
A taxa anual de juros, por sua vez, caiu de 9,4% para 8,1%.
Nas operações para a compra de veículos por pessoas físicas, o saldo teve alta de 0,7% em fevereiro, para R$ 244,050 bilhões.
As concessões, na mesma categoria, subiram 3,5% no mês, para R$ 10,873 bilhões. A taxa de juros média ficou em 26,5% ao ano, após marcar 26,9% em janeiro.
BNDES
A carteira de crédito do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para empresas encerrou fevereiro com queda de 0,8%, para R$ 368,264 bilhões. A comparação é com o mês anterior.
Olhando as concessões do BNDES, houve alta de 132,6% no mês, para R$ 4,042 bilhões.
https://valor.globo.com/financas/noticia/2022/04/28/estoque-de-credito-sobe-08percent-em-fevereiro-para-r-4711-tri-aponta-banco-central.ghtml