João Peixoto, CEO e sócio da Ouro Preto Investimento, e Ricardo Binelli, sócio-diretor da Solis Investimentos, deram os primeiros passos no setor de fomento juntos. Em conversa com Marcio Lima Gonçalves, CEO da Ignis Capital e diretor comercial da ABRAFESC, para o podcast Fomento 360, os empresários descrevem o surgimento dos Fundos de Investimento em Direito Creditório (FIDC), os avanços que o instrumento representou para o mercado e as próximas oportunidades para o segmento com a entrada do capital do investidor do varejo. Confira no Youtube ou no Spotify.
"O FIDC foi um instrumento que mudou o paradigma do segmento. Foi-se percebendo que quem tinha um FIDC apresentava em desempenho muito melhor do que quem contava com uma factoring", lembra Ricardo Binelli. Segundo ele, além de eficiência tributária, o FIDIC trouxe outra vantagem para o mercado: melhor performance de crédito, o que fez com que as factorings buscassem o FIDC para escalar os negócios.
Atualmente, com a Resolução CVM 175 em vigor, o mercado de FIDC vive outro cenário, que também traz novos desafios e oportunidades para o segmento. Como se sabe, a regulamentação, considerada o marco legal dos fundos, libera para investidores do varejo a possibilidade de aplicar recursos em FIDCs, anteriormente só permitido a gestores profissionais.
Para João Peixoto, a decisão da CVM “até demorou”, uma vez que já era possível para investidores em geral alocar capital em ativos com muito mais risco e volatilidade do que os FIDCs. “De qualquer maneira, as regras foram muito boas. A percepção de risco em crédito é mesmo diferente. A pessoa quando investe em crédito pensa que está investindo em título público, uma renda fixa, e não quer perder dinheiro de jeito nenhum. Mas tem muitas fraudes em matéria de crédito e isso é uma coisa que impacta negativamente o mercado”, afirmou o CEO e sócio da Ouro Preto Investimento, acrescentando que a tendência é que o mercado se pulverize, com variados fundos.
O amadurecimento do mercado e também do investidor de varejo ainda vai demandar tempo, segundo Ricardo Binelli. “A gente acha que o varejo não está pronto ainda para comprar um único FIDC. A maior parte dos fundos são fechados, cada FIDC tem um regulamento diferente, então, nossa sugestão é no sentido de que compre fundo de fundos, com carteira diversificada, liquidez e um time que entende de crédito”, explicou o sócio-diretor da Solis Investimentos.
O 11º episódio do Fomento 360 faz parte de uma série inicial de 15 entrevistas gravadas em novembro de 2024, durante o “17º Simpósio do SINFAC-SP e 4º Congresso da ABRAFESC”, para a dar a largada no projeto. Todos os conteúdos já lançados estão disponíveis nos canais da ABRAFESC no YouTube e no Spotify. No próximo podcast, Jamir Crevelaro, diretor da Link Bank, será recebido por Roger Carlucci, diretor da ABRAFESC e fundador da BeeCred.
SOBRE O FOMENTO 360
Fomento 360 é o podcast da ABRAFESC sobre tendências, oportunidades e desafios que movimentam o setor de fomento comercial no país. A cada episódio, especialistas e empresários do mercado compartilham suas experiências em um bate-papo leve e descontraído. O objetivo é impulsionar o desenvolvimento e crescimento de FIDCs, Securitizadoras, Factorings e Empresas Simples de Crédito. “Vamos trazer uma visão 360º do que realmente importa no fomento. Contem com a gente para a jornada de crescimento de sua empresa”, convida Hamilton de Brito Jr., presidente da ABRAFESC e do SINFAC-SP.
PODCAST FOMENTO 360 - EPISÓDIO #11
“FIDCs e o mercado de capitais”
Convidados: João Peixoto, CEO e sócio da Ouro Preto Investimento, e Ricardo Binelli, Sócio-diretor da Solis Investimentos
Host: Marcio Lima Gonçalves, CEO da Ignis Capital e diretor comercial da ABRAFESC
Assista no YouTube: https://www.youtube.com/watch?v=3TmdfvZneWY
Ouça no Spotify: https://open.spotify.com/episode/7dqnsWCfpyAPQTuaiqDFxw
https://www.sinfacsp.com.br/noticia/fidcs-e-o-mercado-de-capitais-entram-em-pauta-no-novo-episodio-do-fomento-360