Fomento

Factoring é uma ferramenta inteligente

Que n?meros se podem esperar sobre o factoring em Portugal neste primeiro trimestre? Estar? dentro das expectativas?

Embora ainda n? tenhamos revelado os dados finais para o primeiro trimestre de 2016 das institui?es de factoring membros da ALF, que representam quase 100% do setor, podemos prever um crescimento da produ?o, observando-se valores em linha com a tend?cia de recupera?o gradual do segmento registada em 2015. Denote-se que este mecanismo de apoio ?tesouraria, que permite ? empresas um melhor financiamento do seu ciclo de explora?o, com a op?o de obter uma antecipa?o dos recebimentos dos seus clientes, tomou cerca de 22,9 mil milh?es de euros em faturas em 2015, verificando-se um aumento estimado de 3,8% (847 milh?es de euros) em rela?o ao per?do hom?ogo. Estimamos que este crescimento se tenha acentuado j?em 2016. Neste sentido, destaca-se sobretudo o factoring de exporta?o que tem registado um maior crescimento, atingindo, no final de 2015, os 2,72 mil milh?es de euros em cr?itos tomados. Note-se que o factoring de exporta?o verifica-se quando a institui?o de factoring (factor) adquire cr?itos de fornecedores do seu pa? sobre adquirentes estrangeiros (os devedores), permitindo ainda ? empresas exportadoras nacionais antecipar os recebimentos dos seus clientes estrangeiros.

Que estimativas tem a ALF para o corrente ano? Como evoluir?

Em 2016, as institui?es de factoring v? manter a linha de crescimento, seguindo as previs?es otimistas, embora cautelosas, para 2016. Podemos afirmar que existe potencial para crescer sobretudo entre as PME e as “factors” v? continuar a estimular este segmento a aderir aos servi?s de factoring como forma de complementar as op?es de cr?ito tradicionais, contribuindo para o seu crescimento e flexibilidade econ?ica. Caso n? existam imprevistos at?ao final do ano e com a cautela que qualquer estimativa aporta, poderemos chegar ao final do ano a crescer pelo menos 10%.

A evolu?o robusta do factoring de exporta?o ?incontorn?el. ?expect?el que continue a crescer este ano? Que peso assume atualmente na economia nacional?

As exporta?es em Portugal cresceram exponencialmente transformando-se num dos pilares da economia nacional. At?ao final do ano de 2015, 5,5% do total das exporta?es portuguesas nesse ano, foram efetuadas com o apoio do factoring. Em 2016, prev?se que o factoring de exporta?o continue a ter um papel importante, garantindo a seguran? na cobran? para as empresas portuguesas – no caso do factoring de exporta?o, ?uma institui?o no pa? de destino das exporta?es que faz a cobran? da empresa portuguesa, dissipando o receio de esta ver o pagamento pela presta?o de servi?s ou vendas de bens para o estrangeiro ser muito atrasado ou n? efetuado. A institui?o de factoring empresta assim o seu peso institucional aos seus clientes para que os fluxos comerciais se processem de forma natural e respeitando os par?etros acordados.

?poss?el tra?r o perfil das empresas que, em Portugal, escolhem este tipo de servi??

O tipo de empresa ?muito diversificado e vai desde as grandes empresas com exporta?o para diversos pa?es a pequenas empresas que vendem, por exemplo, mastros de velas para embarca?es para o estrangeiro. Todas t? a ganhar com as vantagens e servi?s oferecidos pelas “factorings”, quer ao n?el de agiliza?o e equil?rio da tesouraria, seja por ir uma institui?o de factoring fazer a cobran? l?fora, institui?o essa que tem um peso e uma capacidade de cobrar muito maior que a pequena empresa portuguesa. As PME s? o segmento com maior potencial neste momento, identificando cada vez mais o factoring como um produto seguro, r?ido e eficiente para obter recursos financeiros, complementando ou funcionando como uma alternativa a outros produtos da banca tradicionais.

Considera que o tecido empresarial portugu? est?suficientemente esclarecido sobre as vantagens e desvantagens deste financiamento especializado? 

Sim, Portugal ?inclusivamente um dos pa?es europeus com maiores taxas de penetra?o do factoring no Produto Interno Bruto (PIB) e com potencial para crescer, como mencionado. As empresas compreendem cada vez melhor, as vantagens do factoring e muitas recorrem j?a solu?es de “full factoring”, usufruindo assim dos tr? servi?s essenciais associados ao factoring: financiamento, gest? de cobran?s e cobertura de risco de cr?ito. Desta forma, al? de obterem liquidez imediata, atrav? do financiamento do montante de vendas, conseguem ter uma melhor organiza?o da sua tesouraria pois, pela via da subcontrata?o da cobran?, transformam custos fixos em custos vari?eis, que podem ser adequados ao seu ciclo de vendas. Com o “full factoring”, a empresa subcontrata assim v?ios servi?s, com a vantagem de se poder concentrar na sua pr?ria atividade. Al? disso, ganha uma maior flexibilidade de tesouraria, j?esta fica entregue ?“factor”, que monitoriza de forma constante a evolu?o da mesma. N? obstante, existe sempre um caminho de forma?o e informa?o sobre os diversos aspetos relacionados com o factoring, que quer a ALF quer os seus associados se esfor?m por efetuar em todo o pa?.

Em que cen?ios devem, em sua opini?, os empres?ios portugueses procurar o factoring?

Cada vez mais o factoring ?reconhecido como uma ferramenta inteligente, procurada quando as empresas pretendem melhorar a gest? da sua tesouraria, podendo incluir, ou n?, adiantamento sobre faturas e tamb? com fun?es administrativas (servi?s de cobran?, comerciais e contabil?ticos, apoio jur?ico) e estudo do risco de cr?ito (atribui?o de limites de cr?ito por devedor). Permite ainda utilizar um recurso que geralmente n? se utiliza no financiamento, que ?a conta clientes atrav? das vendas. Todos estes servi?s permitem agilizar a tesouraria das empresas, disponibilizando recursos para outras ?eas.

Tem-se vindo a dissipar com cada vez maior intensidade, a ideia errada de que o factoring serve apenas para empresas com dificuldade em aceder a outros meios de financiamento ou que ?apenas uma solu?o para problemas de liquidez e tesouraria resultantes do atraso no pagamento das faturas dos clientes, gra?s a um esfor? da ALF, juntamente com os seus associados. Recorrer ao factoring ?sin?imo de garantia nos pagamentos e respetivos prazos, para al? das “factors” efetuarem an?ises de risco detalhadas em cada situa?o e serem conhecedores da realidade empresarial nacional e internacional.

Que condi?es devem reunir as empresas, particularmente as m?ias, para ter sucesso na obten?o deste financiamento?

N? existem limita?es significativas, quase todas as empresas que prestam servi?s ou vendem produtos podem recorrer ao factoring para as apoiar nas diversas fases do seu ciclo de neg?io e, naturalmente, as empresas exportadoras podem recorrer ao factoring de exporta?o.

Por S?ia Bexiga/OJE

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