Economia

Simpi revela que metade das MPIs não tem capital de giro suficiente

SÃO PAULO - Uma pesquisa encomendada pelo Sindicato da Micro e Pequena Indústria (Simpi) releva que metade dos empresários da categoria não tem capital de giro suficiente. O levantamento, realizado pelo Datafolha, faz parte da 57ª rodada do indicador de Atividade da Micro e Pequena Indústria de São Paulo.

De acordo com o balanço referente a novembro, mesmo com o patamar histórico da taxa básica de juros reduzido para 7% pelo Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, 45% das micro e pequenas indústrias do Estado de São Paulo apontaram o nível da Selic como maior entrave no acesso a linhas de crédito.

Em novembro, o percentual das MPIs com falta de capital de giro subiu de 44% para 50%. A falta de recursos financeiros, segundo a pesquisa, também atingiu 65% dos empresários da categoria na hora de pagar o 13º salário de seus funcionários neste ano e 45% veem mais dificuldade em fazê-lo agora do que em 2016.

Por fim, parte dos empresários entrevistados também afirmaram que a queda no poder de compra dos salários deve aumentar. Passou de 23% para 38% o número dos que acreditam nessa redução.

Para o presidente do Simpi, Joseph Couri, embora as expectativas para o quadro econômico nacional sejam positivas, uma melhora ainda não chegou à categoria. “O quadro para as micro e pequenas indústrias continua instável, na dependência de mais políticas públicas, linhas de crédito e aquecimento do mercado interno", declarou.

O levantamento contou com a participação de 304 entrevistados. Desse montante, 153 entrevistas provêm da região metropolitana de São Paulo, e 151, do interior do Estado. 

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