Economia

BC está trabalhando para reduzir custo do crédito, diz Ilan

O presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn, afirmou nesta segunda-feira (2) que a autoridade monetária está trabalhando para reduzir o custo do crédito. Ele lembrou que a taxa de juro média da economia está em torno de 21,7% ao ano, segundo o indicador de Custo de Crédito de fevereiro.

“As concessões de crédito estão começando a subir”, garantiu Ilan Goldfajn, durante o seminário “A Retomada do Crescimento”, promovido pelo Centro de Economia Mundial da Fundação Getulio Vargas no Rio de Janeiro. “Um fenômeno muito importante do ano passado que é o mercado de capitais teve papel de substituir a fonte de financiamento das empresas”, citou, lembrando que as emissões de debêntures e notas promissórias cresceram 90%, embora tenham sido ajudadas pela base de comparação fraca do período de recessão.

Reportagem publicada hoje pelo jornal Valor Econômico diz que o peso do spread — diferença entre o custo de captação dos bancos e as taxas de juros dos empréstimos — vem aumentando na composição das taxas cobradas de empresas e pessoas físicas, apesar da queda da Selic. A taxa básica de juros de economia caiu para 6,5% ao ano, a menor da história.

O presidente do BC enumerou outras medidas que a instituição conduziu no sentido de avançar na agenda da autoridade monetária, como a aprovação da Taxa de Longo Prazo (TLP) para os empréstimos concedidos pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), marco legal punitivo, liquidação centralizada de arranjos de pagamentos, registro eletrônico de garantias e mudança no rotativo do cartão de crédito, que resultou em taxa mais baixa para o consumidor.

“Muitos dos avanços que ocorreram foram avanços de décadas. A mudança na TLP (em substituição à TJLP) é uma mudança estrutural”, declarou Ilan.

Quanto às ações ainda em andamento, ele ressaltou as discussões em torno do projeto de lei sobre a autonomia do Banco Central e a criação do cadastro positivo. “O cadastro positivo significa que a sua informação pode ser democratizada e não ficar apenas em dois ou três bancos”, defendeu.

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