Economia

Grandes pagam depois dos pequenos

Grandes compradores demoram, em média, o dobro do tempo para quitar as faturas, em relação às empresas de todos os portes – em média, 41 dias e 21 dias, respectivamente. A conclusão é de levantamento da WEELwww.weel.com.br), primeira fintech de antecipação de recebíveis através de plataforma online, sobre os prazos médios de recebimento de faturas emitidas por fornecedores contra algumas das maiores corporações que atuam no país. O total de faturas analisadas nesse grupo atinge um R$ 57,72 bilhões, entre janeiro e novembro de 2018. As 20 primeiras corporações da lista estão na faixa de postergação acima de 48,6 dias, de acordo com a WEEL.

Até 172 dias para quitar a fatura

A amostragem utilizou centenas de milhares de notas fiscais emitidas por companhias de todos os portes contra companhias de segmentos como petróleo, indústria farmacêutica, bebidas, setor automotivo, eletroeletrônica, energia, construção pesada, mineração e aviação, entre outras. Entre os casos mais extremos, estão algumas empresas dos ramos farmacêutico, de distribuição de equipamentos e de produção de embalagens de vidro, cujas médias de quitação de faturas demandam entre 81 e 172 dias, neste último caso, superando os cinco meses de espera.

Quem pode mais chora menos

“Este prazos excessivos para quitação são impactantes e com sérias implicações econômicas, principalmente para as pequenas e médias, que sofrem de baixa liquidez e têm poucas opções de crédito acessível para equacionar o fluxo de caixa”, diz Simcha Neumark, CEO e fundador da WEEL. Esta conduta comercial de grandes compradores está relacionada ao rígido planejamento financeiro imposto pelas matrizes internacionais (caso de estrangeiras), e a dificuldades ligadas ao câmbio e ao fluxo de capitais. Poder econômico e capacidade de compra também contribuem.

Antecipação de recebíveis é a saída

“Diante de tal realidade, os fornecedores de grandes companhias enfrentem dilemas administrativos, muitas vezes fatais, para a continuidade dos negócios, uma vez que a maior parte deles precisa cumprir prazos mais reduzidos, ou arcar com pagamentos à vista, para despesas correntes, como matéria prima, suprimentos e mão de obra.” De olho em tal defasagem, a WEEL estimula fornecedores de grandes compradores a usar a antecipação de recebíveis como solução prática e de custo/benefício razoável para acesso a capital de giro rápido e baixa exigência burocrática.

Fugindo dos juros bancários

“A boa reputação do grande comprador e seu lastro financeiro nos viabiliza antecipar as receitas desses títulos com taxas ainda mais vantajosas do que as praticadas para faturas emitidas contra empresas pequenas e médias”, explica o CEO. “Enquanto para obter empréstimo bancário o pequeno e médio fornecedor necessita preencher requisitos como oferecer garantias patrimoniais e arcar documentação contábil complicada, para realizar a antecipação basta um cadastro simplificado e a apresentação da fatura”, prossegue o CEO.

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