O aumento no número de pedidos de recuperação judicial entre produtores agropecuários coloca em risco o custo de crédito do setor, avaliou hoje o diretor presidente da Cargill no Brasil, Paulo Sousa.
“Isso traz uma insegurança para o financiador. Teve muito dinheiro novo entrando no agro brasileiro nos últimos anos e é um risco. Temos que ter muito cuidado com essa parte de crédito”, pontuou o executivo, durante evento promovido pela Galapagos Capital.
De acordo com levantamento divulgado em dezembro pela Serasa Experian, houve aumento de 300% no número de pedidos judiciais do setor de janeiro a setembro, em relação ao mesmo período de 2022. O crescimento, segundo especialistas, reflete as mudanças na legislação, que desde 2020 permite que produtores pessoa física também entrem com pedido de recuperação judicial.
Segundo Sousa, alguns pedidos têm abarcado títulos como as cédulas de produto rural (CPR), comprometendo a segurança jurídica das operações realizadas pela indústria para financiar o produtor. “Infelizmente, virou uma indústria da recuperação judicial em que chegam advogados com kit de recuperação judicial (...)”, criticou o executivo.
Presente no evento, o vice-presidente e ministro da indústria e do comércio, Geraldo Alckmin, afirmou que o governo acompanha os efeitos do crescimento dos pedidos de recuperação judicial sobre o custo de crédito do setor. “A gente precisava verificar também outras maneiras de reduzir risco e trazer mais segurança jurídica. É uma tese a ser discutida”, reconheceu o ministro.
No setor privado, o fenômeno tem movimentado entidades representativas, destacou Paulo. “Nós como associação, no caso a Abiove [Associação Brasileira da Indústria de Óleos Vegetais], estamos trabalhando para levar conhecimento ao Judiciário sobre os efeitos nefastos disso não ser bem medido. Aumentar o risco do financiador vai custar mais caro para todo mundo, e não é isso que o sistema precisa”, completou o presidente da Cargill no Brasil.
https://globorural.globo.com/google/amp/credito-e-investimento/noticia/2024/03/rjs-colocam-em-risco-custo-de-credito-ao-agro-diz-presidente-da-cargill.ghtml
“Isso traz uma insegurança para o financiador. Teve muito dinheiro novo entrando no agro brasileiro nos últimos anos e é um risco. Temos que ter muito cuidado com essa parte de crédito”, pontuou o executivo, durante evento promovido pela Galapagos Capital.
De acordo com levantamento divulgado em dezembro pela Serasa Experian, houve aumento de 300% no número de pedidos judiciais do setor de janeiro a setembro, em relação ao mesmo período de 2022. O crescimento, segundo especialistas, reflete as mudanças na legislação, que desde 2020 permite que produtores pessoa física também entrem com pedido de recuperação judicial.
Segundo Sousa, alguns pedidos têm abarcado títulos como as cédulas de produto rural (CPR), comprometendo a segurança jurídica das operações realizadas pela indústria para financiar o produtor. “Infelizmente, virou uma indústria da recuperação judicial em que chegam advogados com kit de recuperação judicial (...)”, criticou o executivo.
Presente no evento, o vice-presidente e ministro da indústria e do comércio, Geraldo Alckmin, afirmou que o governo acompanha os efeitos do crescimento dos pedidos de recuperação judicial sobre o custo de crédito do setor. “A gente precisava verificar também outras maneiras de reduzir risco e trazer mais segurança jurídica. É uma tese a ser discutida”, reconheceu o ministro.
No setor privado, o fenômeno tem movimentado entidades representativas, destacou Paulo. “Nós como associação, no caso a Abiove [Associação Brasileira da Indústria de Óleos Vegetais], estamos trabalhando para levar conhecimento ao Judiciário sobre os efeitos nefastos disso não ser bem medido. Aumentar o risco do financiador vai custar mais caro para todo mundo, e não é isso que o sistema precisa”, completou o presidente da Cargill no Brasil.
https://globorural.globo.com/google/amp/credito-e-investimento/noticia/2024/03/rjs-colocam-em-risco-custo-de-credito-ao-agro-diz-presidente-da-cargill.ghtml
