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Garanta a performance do FIDC conciliando carteiras

Por muitas vezes, observei que consultorias de fundos de investimentos não possuíam um fluxo operacional de conferência das carteiras de recebíveis controlado. O que poucos veem é que a carteira do sistema operacional e a registrada na administradora deveriam registrar os mesmos dados, mas muitas das vezes não batem. Incontáveis as vezes que ouvi: "ah, a diferença é pequena, não precisa gastar tempo com isso". Mas é nesse tipo de afirmação que se encontra o perigo.

Os registros podem estar muito descasados, entretanto, como o fluxo financeiro está "razoavelmente ok", essas diferenças nunca são notadas. Em diversos casos, títulos são baixados de forma errônea, o que irá gerar a longo prazo, um grande efeito na cota. Esses erros são de fácil identificação se apontados logo no início, porém sem essa conciliação, se torna impossível ver um problema se iniciar.

Fundos normalmente notam estes erros quando cedentes que eram para estar com risco zerado, não estão,  ou, quando há algum impacto no PDD pelo efeito vagão (assunto já explicado um texto anterior) ou ainda,  quando é realizada a cobrança indevida de sacados já quitados.

Mas o que pode ser feito para se evitar isso?

A solução é simples e muito trabalhosa. É criar um controle "de/para" para ambas as carteiras, título a título, a fim de identificar quando os recebíveis entram e saem do risco. Quando ocorrer um descompasso entre essas identificações, a equipe de conciliação precisará apontar os erros já sugerindo a ação necessária para regularização. Essa simples solução, sendo tratada diariamente mitiga todos os riscos de liquidações erradas e efeitos.

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